quinta-feira, 21 de abril de 2011

Sobre luas e estrelas

Tal qual uma estrela-guia,
Você passou.
Com todo seu brilho, me arrepia
Com todo seu fogo, me arrebatou.
Agarrei nos braços teus
E disparei contigo pelos céus.

Me entreguei?
Claro, de forma sincera.
Fome de quimera
Tinha a fera
Que, em meu peito, abriguei.

Enfim, chegamos
Ao solo lunar
(aquele que nunca pisei).
Minha mente, a delirar
Achou que nos amamos.
Hoje, eu sei
Que "nós" era incerto.
Tenho apenas a certeza que te amei
(e a que nunca, nunca te decifrei).

Fascinado pela beleza tua,
Deixei-me levar à lua,
Com seu encanto fascinante
E a sua órbita inconstante
(como disse Julieta).
A estrela, antes d'alva,
Deixou meu peito em mágoa.
Queimou-me como um cometa.

Apesar de tudo, valeu a pena
(mesmo que a duras penas)
A fantasia vivida.
Voltei à Terra
- Já era hora da partida.
Às vezes, fico te procurando
Em vão. Sei que só resta ficar lembrando
O que vivi além da atmosfera.
Se foi bom? Depende.
Às vezes, ficava a flutuar.

Às vezes, ficava sem ar.

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